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9 de abril de 2013

A QUEM SERVIREMOS?

Compartilho uma estória que ouvi a pouco tempo, a qual talvez lhe seja proveitosa refletir:

Num próspero e longínquo reino havia um idoso serviçal que por muitas décadas dedicou-se a atender irrestritamente ao seu rei.

O rei admirava-o pela presteza em atender-lhe as mais variadas necessidades e era constantemente citado como referência  para que todos os demais seguissem o seu padrão.

Este serviçal já estava avançado em idade, e adoecera grandemente. Havia se afastado dos seus afazeres há alguns meses, e após algum tempo, o rei sentiu a sua falta.

Reuniu alguns membros da corte e partiu para a residência do seu estimado serviçal. Com toda a pompa e anúncios chegou-se ao velhinho acamado.

O idoso serviçal estava fraco e mal conseguia abri os olhos devido a energia que lhe faltava. Sentia vida esvair-se aos poucos.

O rei ficou muito aflito e foi logo interpelar o amigo junto ao leito:

Prezado e leal serviçal, que com tanta presteza serviu-me desde a infância, sinto muito por vê-lo em tão lastimável situação, dói-me o coração.

O rei estava realmente chocado, e os membros da corte ainda mais, pois nunca o tinham visto tão condoído. Podiam jurar que seus olhos brilhavam, quase que lacrimejando.

_ Meu servo estimado, por favor, peça-me o que desejares, qualquer coisa que tiver vontade. Farei com que busquem onde quer que se encontre o objeto do seu desejo.

Trêmulo, com muito esforço o velhinho entreabriu os olhos. Com grande dificuldade falou pausadamente ao seu rei, com um olhar esperançoso:

_ Meu senhor, sou grato por sua visita e consideração, quisera ter forças para saciar algum desejo menor, não o tenho. Gostaria apenas de pedir-lhe, ó meu rei, a quem servi por toda a vida, por favor conceda-me, apenas mais um dia de vida.

O rei olhou-o exitante, sem entender de imediato o que lhe fora solicitado. Os que o acompanhavam, mais ligeiros, entreolharam-se pasmados por tão incomum pedido. Com certa morosidade, após as ideias lhe clarearem, o rei respondeu ao seu fiel serviçal: 

_ Meu servo leal, como posso, atender a tamanha demanda? Isso me é impossível ! 

Com o olhar consternado, o velhinho sussurrou:

_ Meu rei, tardiamente percebo meu grande erro. Como pude servir de toda alma e depositar tanta confiança em alguém que sequer pode estender-me um dia a mais de vida.

Nisso expirou e morreu.




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